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TESTEMUNHO DO PADRE AMADEU

Embora tenha terminado o Ano Sacerdotal, vamos continuar a apresentar o testemunho de alguns consagrados: desta vez damos a palavra ao Padre Amadeu:

Comecei a dizer que queria ser padre ainda na escola primária. Ainda hoje a minha professora recorda que eu dizia isso nas redações. O meu pároco, lá em Lufrei - Amarante, perguntava muitas vezes na missa com as crianças da catequese quem queria ser padre, mas aí eu nunca respondi. Apesar disso ficava a pensar no assunto, porque eu até queria ser.

A minha família é cristã e em casa o ambiente é de fé, o que também me ajudou a ir amadurecendo a ideia. Lá pelos 8-9 anos falei do assunto ao meu Pai que me disse para esperar que ainda era muito novo. Voltei ao assunto talvez um ano após, disse-me que falasse com a Mãe, que me mandou falar com o Sr. Padre. Eu não queria ir sem os meus Pais, mas a Mãe disse: Tu é que queres ser padre. Mais tarde percebi que os meus Pais já tinham conversado entre eles e com o pároco. Foi assim que comecei a frequentar o pré-seminário, durante ano e meio. Em Outubro de 1989 fui para o 7º ano, já no Seminário, onde fui recebido pelo Padre Domingos, então formador.

Como sou o mais novo de 13 filhos, claro que as saudades apertavam e algumas vezes quis sair. Mas fui ficando, e à medida que ia crescendo as motivações foram-se tornando mais claras e conscientes.

Nas férias ia ajudando na padaria dos meus pais mas o que mais gostava era de trabalhar a madeira numa pequena carpintaria improvisada lá em casa. Vários dos móveis de casa foram feitos por mim. Recordo que a primeira prenda de anos que o meu Pai me deu depois de entrar no seminário foi um serrote!

A 6 de Julho de 2006 fui ordenado na Sé pelo Senhor D. Armindo e, logo a seguir, fui nomeado pároco de Refojos, Lamelas e Reguenga, na zona de Santo Tirso. Fui substituir um padre com 33 anos, com quem tinha vivido na mesma casa durante o meu estágio pastoral e de quem as pessoas gostavam muito, por isso tive algum receio de possíveis comparações. Sendo sempre o que sou e ao mesmo tempo respeitando o que ele tinha feito, foi possível rapidamente entrar no coração da comunidade e fizemos bom trabalho juntos. Pensava que ia ficar como pároco por muitos anos mas, ao fim de três, o Sr. Bispo convidou-me a pensar em ir para o Seminário como formador. Respondi que não ia pensar porque podia dizer que não, mas que se era ali que o Bispo entendia que seria útil pois iria.

Como pároco sentia-me como peixe na água e gostaria de voltar a sê-lo um dia, já que actualmente apenas dou algum apoio à paróquia de Valongo nos fins de semana em que não há actividades no Seminário. Mas o trabalho de formação dos seminaristas, entre o 10º ano e o ano propedêutico (anterior à entrada no Seminário Maior), bem como o pré-seminário, estão a ser uma experiência muito enriquecedora pela necessidade de acompanhar os percursos de crescimento de cada um dos rapazes. A vida muito preenchida que eles têm obrigou-me a ser também mais organizado e por isso agora tenho mais tempo para rezar e para estar com eles e também para estudar.

O meu gosto pelo trabalho da madeira assemelha-se muito ao meu trabalho actual: pegar num pedaço de madeira, trabalhá-lo até que chegue à forma e à função desejadas. E continuo com o meu hobby: temos no seminário um atelier de restauro onde os rapazes e eu vamos fazendo uns trabalhos, nomeadamente restaurando alguns móveis da casa.

2010-07-03 | Equipa Paroquial Vocacional

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