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TESTEMUNHO DO PADRE LEONEL CLARO

O P.e Leonel, missionário comboniano, pertencente à comunidade da Maia, responsável pela Pastoral Vocacional Juvenil, fundador, vocalista, letrista, compositor e músico da Banda Missio, relata-nos o seu testemunho vocacional na primeira pessoa:

Tudo no mundo começou com um sim, começa Clarice Lespector o seu livro A hora da estrela. A história da minha vocação começou com um sim, multiplicou-se por milhares de Sins, e continua a ser um SIM.

Esta história podia começar assim:
Quando era pequeno queria ser cantor e jogador de futebol; depois veio o seminário; hoje sou padre missionário; não sou cantor, mas não paro de cantar; não sou futebolista, mas joguei futebol que me fartei, e hoje com 48 anos ainda dou uns toques.

É assim a nossa vida! Não é imposta, é construída, dia a dia, com as opções que tomamos. Fui para o seminário com 11 anos, depois da escola primária, porque a minha professora primária me indicou a um missionário que passou pela minha escola. Mesmo não querendo ser padre, nessa altura, aceitei o desafio e gostei, talvez porque houvesse muito jogo, convívio, alegria.

Ao longo dos anos, através do jogo, do estudo, do convívio, oração, contacto com os missionários e suas aventuras e experiências, Jesus foi fazendo crescer em mim, muitas vezes sem eu dar conta, o apelo a uma vida diferente do habitual. Uma vida de entrega e serviço total, como ele, ao Pai e aos outros. Digo no dia-a-dia, porque não posso apontar algum momento especial, em que me tenha dado conta, desse apelo. Simplesmente me fui apaixonando, pouco a pouco pela vida missionária.

Isso foi-se manifestando no meu relacionamento com Deus, que deixou de ser algo de espiritual, longe, o Deus da infância e da catequese, para se tornar ABBA, o Pai de Jesus, o misericordioso, Pai de bondade.

Manifestou-se no meu relacionamento com os outros, meus colegas, mas também com os outros, longe, que eu não conhecia, mas para quem Jesus, o Bom Pastor, tinha oferecido a sua vida para que eles também comungassem da vida de Deus, na qual eu também participava.

Manifestou-se na minha intimidade com Jesus de Nazaré, amigo e confidente, guia e alento nos caminhos da minha vida, bons e maus. Aquele Jesus que se tornou alguém a quem é impossível recusar seja o que for e que me recorda sempre que a vida só tem sentido se for oferecida, se for geradora de mais vida em abundância.

Manifestou-se na relação com a minha família, quando compreendi que faço parte de uma família universal, a família de Deus, a humanidade, que é nela e para ela que é o meu viver, que não tenho o direito de ser feliz sozinho, que partilho da angústia, da miséria e também da glória universais.

Manifestou-se no relacionamento com os meus colegas e amigos da aldeia. Quão pequena ela era para conter a imensa bondade e solicitude de Jesus para comigo, para com eles, para com todos. Este amor de Jesus por mim não poderia ficar confinado a esse pequeno mundo, a esse minúsculo grupo de pessoas.

Com muitas dúvidas e imensas provas do apelo de Deus, Pai, fui dizendo SIM. Até hoje. Não me arrependo! E gosto de ser quem sou.


Leonel Claro, Missionário Comboniano

2010-10-20 | Equipa Paroquial Vocacional

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