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NOTÍCIAS DA DIOCESE

HOMILIA NA EUCARISTIA DA DEDICAÇÃO DA CATEDRAL E ABERTURA DO ANO PASTORAL – PORTO – 2014

1. Acompanha-me nesta hora de abertura solene do novo Ano Pastoral na nossa Diocese a bela saudação de S. Paulo aos cristãos de Roma: “Graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo” (Rom.1,7).
S. Paulo diz aos romanos que pelo Evangelho foi chamado a ser apóstolo e diz-nos a nós que os cristãos de Roma foram igualmente chamados pelo mesmo Evangelho a “serem de Cristo”.
A vocação do apóstolo é modelo da vocação dos cristãos. Mas a vocação do apóstolo é mais do que modelo. É missão. Foi pela missão que S. Paulo se tornou testemunha qualificada da alegria do Evangelho
Nas cartas, na vida, nas viagens, no trabalho de S. Paulo escreve-se a vida e afirma-se a missão da Igreja. Assim se escreveram, igualmente, os Atos dos Apóstolos, que nos falam da beleza e do encanto da Igreja nascente.
Também nesta hora se escreve mais uma página da vida da Igreja do Porto, escrita ao jeito de S. Paulo, com alegria, com entusiasmo e com esperança.
Abre-se, em dia da Dedicação da Igreja Catedral, para a nossa Diocese o novo caminho pastoral, que vamos percorrer ao longo deste ano. Temos o nosso olhar colocado no horizonte da celebração dos 150 anos do nosso Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição, no próximo dia 15 deste mês, e dos 900 anos da restauração da Diocese, em outubro próximo, e daí partiremos no rumo do futuro, com datas a recordar e com metas a percorrer.
2. O início de cada Ano Pastoral exige um olhar novo e projeta-nos para um horizonte diferente. Temos diante de nós um método de pedagogia pastoral, alicerçado na corresponsabilidade eclesial nos diversos níveis, âmbitos e instâncias, e uma meta definida, concreta e marcada no tempo. Um ano é uma breve etapa que nos vai permitir uma reflexão mais ampla a afirmar a nossa disponibilidade para realizarmos um esforço pastoral comum de maior alcance para que a Igreja do Porto consciente na fé, mobilizada no seu todo, fortalecida na comunhão e renovada na caridade seja sinal de esperança para o mundo.
Sabemo-nos todos necessários e queremo-nos todos envolvidos, cultivando formas, meios e oportunidades para viver de Cristo e anunciar em seu nome a alegria do Evangelho.
Queremos ser, como diz S. Paulo aos Coríntios: “uma carta de Cristo, ministrada por nós, escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo; não em tábuas de pedra, mas em tábuas que são corações de carne”(2 Cor.3,3).
Convido-vos a ler e a escrever esta carta com o mesmo encanto com que se escreveram as páginas do início da Igreja no Porto, da restauração da Diocese, séculos depois, da sua organização pastoral, da construção dos seus Seminários e doutras necessárias estruturas pastorais, do testemunho vivo dos seus bispos, sacerdotes, diáconos, seminaristas e consagrados e da afirmação pública dos cristãos do Porto, conscientes da sua fé e da implicação do seu testemunho coerente de vida no viver da Cidade e do País.
Convoco-vos para a missão. Ao verem-nos disponíveis e generosos e ao sentirem-nos discípulos de Jesus, o Mestre e Senhor, outros se juntarão a nós, guiados pelo mesmo Espírito de Deus.
3. Escolhemos como lema para este Ano pastoral: “A alegria do evangelho é a nossa missão”. Inspira-nos nesta escolha a recente Exortação Apostólica do Papa Francisco: “A alegria do Evangelho”.
Desta Exortação Apostólica faremos texto e tema para a nossa formação, no decorrer do tempo, e orientação de atividades e iniciativas ao longo de todo o Ano pastoral, concretamente nas Caminhadas de Advento-Natal e de Quaresma-Páscoa, que em tempo oportuno apresentarei à Diocese.
Desde o início do meu ministério, no Porto, encontrei na Igreja, que Deus me enviou a servir, esta alegria do Evangelho, desenhada e esculpida na alma de uma Igreja com um belo e longo percurso histórico e mais recentemente impressa e expressa em inovadoras experiências pastorais, vividas a nível das pessoas, das paróquias, das vigararias, dos movimentos e das instituições, de que destaco: a Missão 2010, as Jornadas Vicariais da Fé e a celebração dos Dias diocesanos, a que acresce o dinamismo vicarial e paroquial sentido nas nossas Comunidades cristãs.
Um novo ano pastoral, e este em concreto, que é o primeiro que vivo convosco como bispo para vós e como irmão convosco, deve ter a esperança como motor e como força propulsora das atitudes a cultivar e dos programas a realizar nas várias vertentes pastorais. Queremos ser um Igreja onde as pessoas sintam o gosto de a ela pertencerem.
A esperança surge assim na Igreja diocesana como presença irradiante da renovação que se deseja e do serviço aos mais pobres que realizamos.
O serviço aos mais pobres exige atenção demorada e criativa. Implica proximidade e escuta. Necessita de persistência e de aprendizagem. Procura respostas novas para problemas diferentes e para pessoas concretas, únicas e irrepetíveis. É necessário ir ao coração dos problemas sociais para proteger os mais frágeis e promover a sua dignidade.
A pobreza não é uma fatalidade nem pode ser uma tirania a subjugar os mais frágeis ou desprotegidos. A Igreja do Porto nunca deixará esgotar na sua missão nem extinguir em cada um de nós a generosidade e a caridade ao serviço dos mais pobres.
Cada batizado, como sabemos, é responsável pela sorte do Evangelho em ordem a construir um mundo melhor. Deve viver esta responsabilidade e realizar esta missão integrado na comunidade cristã e possuindo o sentido da Igreja Diocesana.
Convido-vos, irmãos e irmãs, a viverdes este desafio prioritário que nos torne acolhedores, disponíveis e com espírito de comunhão nas paróquias, nas vigararias, nos secretariados, nos movimentos, nas instituições e na pastoral diocesana no seu todo.
4. Inicia-se no próximo dia 5 de outubro, em Roma, o Sínodo extraordinário dos Bispos sobre “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Teremos presente, ao longo de todo o ano, esta iniciativa do Papa Francisco e a sua intenção de dar centralidade à família, na oração e na missão da Igreja.
Vamos viver, igualmente, em comunhão com o Papa Francisco o Ano dedicado à Vida Consagrada. Queremos agradecer a Deus o dom das comunidades religiosas e da vida consagrada na nossa Diocese e dar mais visibilidade e atenção ao testemunho da vida consagrada.
Nunca perderemos na linha do horizonte desta viagem pastoral a prioridade a dar à pastoral vocacional que deve impregnar de espírito e de esperança toda a pastoral. Somos chamados, em Igreja, a sermos promotores das diferentes formas de realização vocacional, muito em especial das vocações sacerdotais e das vocações de consagração.
Partimos, irmãos sacerdotes, diáconos, seminaristas, consagrados e consagradas, leigos e leigas, catequistas, educadores, professores de Educação Moral e Religiosa Católica, agentes de pastoral nas diferentes vanguardas da missão pastoral para esta viagem feliz de um novo ano pastoral, dispostos a trabalhar como se tudo dependesse de nós e decididos a rezar, sabendo que tudo depende de Deus.
A palavra de Deus, hoje proclamada, ajuda-nos neste propósito pastoral que aqui se faz compromisso de missão e ilumina-nos no caminho que agora iniciamos.
Este é o templo do Senhor, de que nos falava a primeira leitura. Este templo é sinal de que Deus habita no meio do seu povo (Ez 43, 1-7). Sabemos todos que “o templo de Deus é santo e nós somos esse templo” (cf 1 Cor 3, 9-17). Igualmente expressivo é o texto do Evangelho que nos narra o encontro e o diálogo de Jesus com Zaqueu. Faz-nos bem ouvir de Jesus esta palavra, também dita para nós: “Hoje entrou a salvação nesta casa” (Lc 19, 1-10).
São muitos, aqueles que procuram Deus, porventura de forma tímida e de modo discreto. A todos somos enviados em missão, ao longo do ano que hoje começa, para que também neles Deus tenha o seu templo e para que Jesus entre em sua casa.
Procuremos ver Jesus. Caminhemos em frente. “Façamo-nos ao largo”, neste oceano imenso do mistério santo de Deus e da urgência do Absoluto. Demos prioridade à incessante procura do essencial na vida e na missão de todos nós bispos, sacerdotes, seminaristas, diáconos, religiosos e leigos.
5. Confio este Ano Pastoral e as realizações que nele vão decorrer à proteção terna de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da Catedral e da nossa Diocese.
É sob o seu olhar materna que a Diocese do Porto sempre caminhou ao longo da história. É sob a bênção constante deste mesmo olhar que vamos caminhar ao longo do novo Ano Pastoral, que hoje aqui se inicia. Feliz Ano Pastoral!
Igreja Catedral, 9 de setembro, Dia da Dedicação, de 2014
António, Bispo do Porto



Homilia do senhor D. António no 13º Dia Diocesano da Família, 2014

Saúdo com particular alegria, também, os que neste ano celebram o seu matrimónio. Sede bem-vindos.
Quisestes chamar a este momento “O Amor gera-se ao longo da Vida”. Gosto deste título, deste lema e deste caminho. Por isso saúdo as crianças, os jovens, os pais e os avós, envolvidos pela ternura deste amor gerado ao longo da vida e unidos nas várias gerações que constituem e constroem a mesma família.
Queridas Famílias:

Deus conhece as nossas canseiras e dores, os nossos medos e tristezas, a doença e a provação! Mas conhece também o nosso desejo profundo de viver o amor na família e de encontrar a beleza de ser família cristã. Sabemos que, se vivermos unidos e próximos nas nossas Paróquias, Movimentos Apostólicos e Diocese, a nossa alegria será completa!
Diz-nos o Papa Francisco: “Quando um homem e uma mulher celebram o sacramento do matrimónio, Deus, por assim dizer, reflete-se neles, imprime neles seus próprios traços e o caráter indelével do seu amor. O Matrimónio é o ícone do amor de Deus por nós. Também Deus, de fato, é comunhão: as três pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo vivem desde sempre e para sempre em perfeita unidade. E é justamente esse o mistério do matrimónio: Deus faz dois esposos uma só existência” (Discurso do Papa às Famílias, Roma 26 de Out. 2013).
E afinal é isto que acontece. Esta certeza da fé chegou até nós! Com o sabor da alegria pascal, com o encanto da primeira hora, com a verdade de todas as horas.
Aqueles que acreditam no Evangelho vencem obstáculos e derrubam barreiras, porque falam a linguagem que todos os homens e mulheres compreendem, que é a linguagem do amor, da doação, da proximidade, do perdão, da misericórdia e das bem-aventuranças, ditas e vividas nos espaços e âmbitos das famílias do nosso tempo.
Tem todo o sentido, a partir do amor do Pai e do mandato de Cristo, Seu Filho, dado aos seus discípulos e fortalecido pelos dons do Espírito Santo, sabermos que na Igreja de hoje se cumpre com alegria a saudação de Paulo aos Coríntios, hoje proclamada: “Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz. E o Deus do amor e da paz estará convosco. A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de deus e a comunhão do espírito Santo estejam convosco”( 2 Cor 13, 11-13).

2.Queridos diocesanos:
Esta é a graça que nos foi concedida, este é o dom de Cristo que recebemos: A graça e o dom de sermos Igreja, aqui unida e reunida para celebrar o “Dia Diocesano da Família».
Somos convidados a viver da confiança absoluta na ação de Deus. Temos de fazer hoje novas perguntas e encontrar novas respostas: Que «boas notícias trazemos às famílias da parte de Deus»? As «boas notícias» trazem luz, despertam alegria, dão sentido novo a tudo, mesmo às coisas aparentemente insignificantes do dia a dia das famílias e animam as famílias a viver de maneira mais aberta, solidária e feliz.
Não é difícil entender por que motivo os contemporâneos de Jesus sentiam a sua vida, presença e palavra como «boa notícia». O que Ele diz faz-lhes bem: faz-lhes sentir o amor e a bondade de Deus e ajuda-os a sentir o ânimo e a fortaleza nas horas difíceis. Jesus está atento e é próximo, acolhe os mais esquecidos e os mais pequenos, cura os enfermos, fixa-se nos últimos e preocupa-se com todos, repartindo com cada um, segundo a sua necessidade: saúde, perdão, verdade, força interior, esperança.
3. Esta fé em Jesus e esta certeza da sua presença leva-nos a confiar na Igreja, sinal e sacramento da presença de Jesus e leva-nos, também, de olhos voltados para as famílias a confiar na Humanidade e a amar e servir o Mundo.
O filósofo norte-americano Herbert Marcuse dizia: «que a esperança, só a merecem os que caminham». O ser humano e as famílias cristãs não podem viver sem esperança. Só quem conhece a meta caminha com firmeza, apesar dos obstáculos. Talvez seja essa a mensagem mais importante deste Dia Diocesano da Família.
Somos convidados neste domingo da Santíssima Trindade a caminha e a entrar no mistério do amor de Deus, a dialogar com Deus, como fez Moisés no Sinai e como fez Nicodemos com Jesus.
Esta comunhão com Deus nunca é uma experiência solitária. É vivida em Família e em Igreja.
No coração de cada família cabem, por igual, avós e netos, pais e filhos, esposos e irmãos.
Para a Bíblia o «coração» é uma realidade ampla e viva, referida mais de mil vezes no Antigo e no Novo Testamento, onde mergulham as atividades humanas dos afetos, da consciência, da vida e da missão de cada pessoa.
Recordo, também, o livro dos Provérbios, que na sua sabedoria nos diz: que só “o coração sabe dispor o caminho” (Prov 16, 9). Que seja assim, também, connosco e com cada uma das famílias da nossa Diocese, a viver e a decidir o seu caminho, de coração aberto para. É ainda ao Coração de Deus que recorro, com particular afeto, ao lembrar as famílias que vivem momentos difíceis, seja pelas ruturas do amor e da fidelidade, seja pelas provações trazidas pela doença, pela falta de trabalho, pelas incertezas e medos diante do futuro.
4.O «Dia Diocesano da Família» é uma forma muito bela de dizermos ao mundo a alegria de sermos família na Diocese do Porto. A família é este rosto vivo onde se espelha a harmonia que Deus inscreveu desde o momento da criação do mundo, no coração humano e na história da Humanidade redimida.
Mas esta festa, que trouxe a S. João da Madeira famílias vindas de toda a Diocese, é também o momento em que cada uma das nossas famílias volta a propor a si mesma as grandes razões da sua fé, da sua esperança e do seu amor, alicerces sólidos e imprescindíveis para a valorização do matrimónio e para o sentido da família cristã.
No dia festivo, que hoje celebramos, deve reflorir em cada família o valor da generosidade, a capacidade de empenhamento social, a comunhão humana e solidária com os que mais sofrem como família e a ousadia profética de abertura e de diálogo com todos aqueles que não sentem a coragem para celebrar festa como família.
Ao comentar a primeira carta de João, Santo Agostinho interrogava-se: “Que rosto tem hoje o amor? Que forma, que estatura, que pés, que mãos?” E ele mesmo adiantava uma resposta: “O amor tem pés que o conduzem à Igreja, tem as mãos que dão aos pobres, tem os olhos com que se descobre quem está em necessidade”.
Não procuramos outra voz para as famílias da nossa Diocese senão esta de dizermos a todas as pessoas, homens e mulheres, jovens e crianças, idosos ou doentes, sem ninguém excluir nem a ninguém esquecer que Deus, uno e trino, que neste dia da Santíssima Trindade celebramos, os ama com amor fiel e santo.
5. Queridas famílias, também vós fazeis parte do Povo de Deus. Caminhai felizes, juntamente com este Povo. Permanecei sempre unidas a Jesus e levai-O a todos com o vosso testemunho. Obrigado por terdes vindo. O Senhor vos abençoe!Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, acompanhar-vos-á na vossa Família. Guardemo-la sempre connosco. Ela é parte da herança viva que Jesus nos deu e nos confiou. Presente e atenta, discreta e atuante, Ela está connosco, nas nossas casas, como Mãe e Rainha das Famílias.
S. João da Madeira, 15 de junho de 204
António, Bispo de Porto



Homilia do Senhor D. António na entrada na Diocese do Porto

1. Olhar o tempo e a história com o olhar de Deus

Irmãos e Irmãs

Há dez anos fui chamado pelo Papa João Paulo II para servir a Igreja de Braga, como seu Bispo Auxiliar, atribuindo-me a Igreja titular de Meinedo, no território desta Igreja Portucalense. Passados dois anos, o Santo Padre Bento XVI enviou-me à Igreja Aveirense como seu Bispo. Agora, é o Papa Francisco que me chama a servir a Igreja do Porto.

Indiquei para dia da minha ordenação episcopal o dia 19 de Março, confiando o meu ministério aos cuidados de S. José e desejando aprender com ele as virtudes da simplicidade, da bondade e da disponibilidade.

Juntei a esta primeira intenção, ao escolher o dia do Pai, a evocação da memória abençoada de meu pai, que perdera lá longe no Brasil, quando eu tinha apenas quinze anos.

Via e vejo em S. José, que nesse dia a Igreja celebra, um homem tranquilo, respaldado na verdade da vida e na serenidade da consciência. Nele se unem, para mim, o recolhimento interior e a prontidão obediente diante do inesperado desafio da missão.

O projecto de Deus vai sobrepor-se aos seus planos pessoais. O sonho de Deus vai tomar a dianteira diante dos seus horizontes particulares. A ideia que ele tinha feito de uma vida discreta, simples e agradável, vivida na sua terra, é ultrapassada, porque se sente associado à aventura de Deus entre os homens. E aí começam os caminhos novos que o levam de Nazaré a Belém e de Belém ao Egipto, partilhando a sorte dos que não têm casa nem pátria, dos desenraizados e dos peregrinos.

No silêncio de José serão sepultadas todas as suas dores e interrogações. Acompanham-no apenas as responsabilidades da missão, as alegrias de seguir a voz de Deus e as esperanças de quem crê no Senhor e n’Ele coloca a sua confiança.

Propus-me, na hora da ordenação episcopal, envolvido pelo carinho das gentes de Lamego, a minha Igreja-Mãe, cuja ternura materna se espelhava no rosto sofrido da minha Mãe, a braços com grave e prolongada doença, colocar-me nas mãos de Deus – “In manus tuas”. Fiz desta decisão o meu lema episcopal.

2. O ministério da bondade e o magistério da proximidade

Nos Evangelhos, os discípulos de Jesus aparecem como homens fortes, corajosos, trabalhadores, mas no seu íntimo sobressai uma grande ternura, que não é virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude e de compaixão. Não devemos ter medo da bondade. Só pela bondade aprenderemos a fazer do poder um serviço, da autoridade uma proximidade e do ministério uma paixão pela missão de anunciar a alegria do evangelho. O evangelho é tudo o que temos e somos.

As Igrejas Diocesanas que servi, mas sobretudo ultimamente a Igreja de Aveiro, acompanhar-me-ão sempre como bênção, de que preciso, e como renovado incentivo ao serviço humilde, concreto, rico de fé e cheio de alegria. Obrigado, Igreja de Aveiro! Obrigado Aveirenses!

A todos, nestas Igrejas Diocesanas procurei amar e servir. Sinto-me hoje acompanhado na amizade e na oração pelos sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos, pelas autoridades locais e pelas gentes simples, cuja presença amiga e dedicada de todos, nesta Igreja Catedral, tanto me penhora e sensibiliza.

Assim quero, a partir de hoje, continuar na Igreja do Porto. Apenas quem serve com amor e ternura, que são as linhas do rosto de compaixão e de misericórdia de Deus, é capaz de cuidar, de proteger, de promover e de salvar o seu Povo. Por isso, irmãos e irmãs, ajudai-me a ser pastor ao jeito do coração de Deus e a seguir em todos os passos o exemplo de Cristo, o belo e bom Pastor.

3. Mensageiro da esperança

O profeta Ezequiel, na primeira leitura da liturgia deste domingo, lembrava-nos que Deus oferece uma vida nova ao povo que se sentia sem futuro e sem esperança e coloca esse mesmo povo numa dinâmica que recria o seu coração e faz renascer a vida.

É esta a certeza confirmada pelo milagre da vida dada a Lázaro, testemunhada por familiares e amigos, que se abrem à fé em Jesus Cristo, como narra o texto do Evangelho.

Na segunda leitura de hoje, S. Paulo dizia aos cristãos de Roma: “Se Cristo está em vós, o Espírito está vivo” (Rm 8, 8-1). É este Espírito de Deus que ressuscitou Jesus de entre os mortos que nos dá a vida, a ressurreição e a esperança.

A esperança que quero levar no horizonte dos caminhos da Igreja do Porto, que nos foram abertos por Jesus Cristo, é a forma que encontro de traduzir desde o Antuã ao Ave, desde o Mar ao Marão, “as boas notícias de Deus”.

Compreendereis, assim, que faça, também aqui, como fiz sempre e em todo o lado, das Bem-aventuranças do Reino o padrão do meu viver e o paradigma do meu ministério. Convoco-vos para sermos mensageiros e protagonistas das Bem-aventuranças numa linguagem serena, positiva e confiante, como expressão da voz de toda a Igreja do Porto.

Sabemo-nos filhos abençoados de Deus e discípulos felizes de Jesus, o Mestre das Bem-aventuranças. Nenhum de nós se imagine filho menor de Deus ou se considere filho esquecido da Igreja.

Merecem-me uma primeira palavra de comunhão e de gratidão, na alegria do acolhimento fraterno e da colaboração dedicada que me oferecem os irmãos Bispos D. Pio Alves, D. António Taipa e D. João Lavrador com quem vou trabalhar, os Bispos Eméritos que aqui vivem e os Bispos naturais da nossa Diocese.

Neles e com eles saúdo o senhor Núncio Apostólico, que nos vincula na comunhão e na unidade ao Santo Padre, o Papa Francisco, de quem recebi as Cartas Apostólicas. Saúdo o Senhor D. Jorge Ortiga, Arcebispo-Primaz de Braga e nosso Metropolita, o senhor D. António Marto, Vice-Presidente da Conferência Episcopal, e saúdo-vos, irmãos Bispos de Portugal, cuja presença me sensibiliza, ajuda e encoraja.

Saúdo com afecto cordial e comunhão fraterna os representantes de outras Confissões Cristãs que, com a Igreja do Porto e comigo, quisestes partilhar a alegria e a missão desta hora.

Neste momento de acrescida e nova missão, mais necessários e preciosos são os Irmãos. Sempre assim vi os sacerdotes. Assim vamos viver e trabalhar, caríssimos sacerdotes! Unidos no ministério e congregados na missão estaremos sempre na vanguarda da alegria do Evangelho e da certeza da comunhão. Somos percursores e cireneus uns dos outros. Seremos sempre irmãos. Sejamos sempre, também, discípulos felizes de Jesus e por Ele enviados em missão para amar servir esta Igreja do Porto.

Quero caminhar convosco, caros diáconos permanentes, para agradecer a bênção que constituís para a Igreja e para vos ajudar a aprofundar o sentido da vossa missão e a valorizar o dom do vosso ministério.

Envio, através de cada um de vós, presbíteros e diáconos, uma saudação de afecto e de presença a todos os presbíteros e diáconos da nossa Diocese, sobretudo aos idosos e doentes ou àqueles que vivem momentos de provação, para que nenhum deles fique privado deste gesto de bênção, que aqui celebramos, nem se sinta distante desta comunhão de irmãos no ministério ordenado, que a partir de agora vivenciamos e testemunhamos.

Quero saudar os seminaristas e ver neles sinais de esperança e certezas de futuro, marcado que estou pela experiência e pela alegria de que, se rezarmos e trabalharmos, nunca faltarão servidores generosos e felizes da Messe nesta Igreja do Porto.

Sei que são muitos os(as) consagrados (as) que, na nossa Diocese, vivem, a radicalidade da entrega a Deus e do serviço ao mundo, na vida contemplativa ou activa, de que tanto necessitamos. Caminhemos juntos. Mobilizemo-nos para a missão em frentes e periferias, tão próprias dos vossos carismas, onde a ousadia profética deve andar a par com o realismo dos desafios da Igreja, com as necessidades do mundo e com as urgências do nosso tempo.

Convosco, irmãs e irmãos, crianças, jovens, famílias, idosos e doentes, somos verdadeiro Povo de Deus. Quero, no belo e sempre actual dizer de Santo Agostinho, ser bispo para vós e irmão convosco. Aos pastores pede-se que nunca vos faltem com o estímulo e a alegria do Evangelho de Cristo e com a sua presença fraterna.

Sei como é imensa esta riqueza da vida laical, nos milhares de catequistas, colaboradores litúrgicos e agentes socio-caritativos, bem como de responsáveis por grupos e movimentos presentes e intervenientes na sociedade. A tudo e a todos quero atender, acompanhar e interligar cada vez mais, respeitando a índole própria de cada qual, neste trabalho em rede diocesana, vicarial e paroquial, qual mesa comum com lugar para todos.

A nossa Diocese do Porto vem de longe com uma bela história de caminho de leigos esclarecidos, conscientes e responsáveis, inseridos na vida e na cultura do nosso tempo e com uma reconhecida audácia de missão. Todos somos necessários e imprescindíveis!

4.No horizonte da missão

Não trago comigo planos prévios ou antecipados programas de acção. Eles surgirão à medida do sonho de Deus e da sua vontade divina para esta Igreja do Porto. Estaremos atentos ao que o Espírito de Deus nos inspirar. Saberemos ajoelhar diante de Deus em oração, para servir de pé, com passos serenos mas decididos, a Igreja e o mundo, como nos ensinou D. António Ferreira Gomes, generoso servidor desta Igreja, que partiu ao encontro de Deus faz agora vinte e cinco anos. Evoco a grata figura dos meus mais imediatos predecessores: D. Júlio Tavares Rebimbas e D. Armindo Lopes Coelho. Vinculo-me no caminho feito ao longo do tempo, generosa e sabiamente assumido por D. Manuel Clemente, e dedicadamente continuado por D. Pio Alves, Administrador Apostólico, e por D. António Taipa e D. João Lavrador, servidores incansáveis da Igreja do Porto, pelos dedicados Vigários Gerais, pelo Cabido da Catedral, pelo Clero, Consagrados e Leigos de toda a Diocese.

Na acção pastoral darei lugar determinante aos órgãos eclesiais de participação e de corresponsabilidade que existem para fomentar a comunhão geral de quantos, nas paróquias, institutos religiosos e seculares, associações e movimentos, integram o corpo vivo que é a Igreja de Cristo, com toda a riqueza carismática e ministerial que o Espírito cria.

Desejo aprender, dia a dia, a história da Igreja do Porto, sentir os seus dinamismos, ler e reler o evangelho em chave de missão com o olhar colocado no horizonte do futuro, onde Deus nos precede. Procurarei acolher a bênção que constituiu para nós a “Missão 2010”, a visita do Papa Bento XVI à nossa cidade, a vivência do “Ano da Fé” e tantos outros sinais presentes e impressos no coração disponível de mais de dois milhões de habitantes da nossa terra.

Temos todos nós características próprias de povo consistente e nortenho, consolidado por uma longa história de dificuldades e vitórias, em que preponderou a tenacidade e a criatividade das nossas gentes. A história e o trabalho deram ao Porto e à Comunidade humana que somos alguns traços de carácter que, sendo reconhecidos, são também motivo de esperança forte para o nosso futuro.

Tal se verifica, com admiração e surpresa, na grande quantidade e geral qualidade das suas instituições cívicas, culturais, académicas, hospitalares, desportivas e filantrópicas, onde gerações de homens e de mulheres dão o seu melhor, para que sejam atendidas as mais diversas necessidades e fomentadas as capacidades de ser e conviver.

O mesmo se revela na grande capacidade de criar, empreender e inovar, com que em tanto lado se tem conseguido resistir e até superar as grandes dificuldades que nos atingem nesta crise por demais arrastada. Muito em especial, por corresponderem com urgência a necessidades que não podem esperar, salientam-se as iniciativas que vão ao encontro de problemas imediatos, da alimentação à saúde, da habitação aos recursos mínimos. Em tudo isto, grande é a alma portuense, solidária e exemplar até para o todo nacional!

Nesta bela e nobre história da Diocese do Porto esteve sempre presente uma plena inserção na Terra que somos e na Sociedade que formamos. Saúdo as Autoridades presentes aos seus diferentes níveis. O diálogo será timbre do meu viver e caminho do meu encontro com todos.

O serviço da vida, a procura da bem comum, o valor da dignidade humana, o respeito pela liberdade e o esforço da coesão social serão, entre tantos outros, espaços de encontro e caminhos de vida feliz para as gentes da nossa Terra. Que não haja entre nós nenhum momento em que o bem comum seja proibido ou não seja procurado!

Sejamos ousados, criativos e decididos sempre mas sobretudo quando e onde estiverem em causa os frágeis, os pobres e os que sofrem. Esses devem ser os primeiros porque os pobres não podem esperar! Temos na história da Igreja do Porto “modelos de caridade” que nos podem guiar neste caminho.

Sei do valor das Escolas, das Universidades, da Comunicação Social e do seu imprescindível trabalho ao serviço do bem, da verdade, da cultura e da educação. O diálogo entre a razão e a fé merece e exige da Igreja lugar de escuta e tempo dado aos que procuram Deus.

Com tudo o que se lembra, igualmente se agradece a Deus o que a magnífica Diocese do Porto foi, é e continuará a ser, para a glória de Deus, como lugar de profecia de uma humanidade viva e de um mundo justo.

Também aqui a fé e o evangelho são a porta que nos abre para um caminho novo na Igreja e no mundo. Há uma conexão íntima entre a evangelização, a promoção humana e o desenvolvimento dos povos, de modo a que a verdadeira esperança cristã gere história, dê sentido à hora que vivemos e apresse um futuro melhor.

5. Da memória à profecia – a Alegria do Evangelho

Reli a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, com o olhar voltado para o Porto e com o coração aberto à nova missão que o Papa Francisco me confia. Este texto histórico da Igreja tem de inspirar também o nosso caminho na Igreja do Porto.

É dever e urgência da Igreja trilhar caminhos de evangelização, com novos métodos e acrescido vigor. Desejo que todos sintam que Cristo pode preencher as nossas vidas com um novo esplendor e uma alegria profunda, mesmo no meio das provações (167).

Sintamo-nos convocados para a missão. Aprofundemos a dimensão espiritual do nosso viver. Sejamos evangelizadores com espírito, que rezam e trabalham, (262), motivados pelo amor que recebemos de Jesus (264).

Assim edificaremos comunidades vivas de fé, de amor e de dinamismo missionário, mobilizaremos e formaremos adequadamente os agentes da pastoral e renovaremos as estruturas pastorais desta amada Igreja do Porto.

Que Nossa Senhora da Assunção, Padroeira da Diocese e desta Catedral, Mãe de Deus e nossa Mãe, nos ensine, abençoe e proteja, para que saibamos que o seu exemplo, terno e materno, foi e será sempre nossa escola de vida, de fé e de missão. Ámen.

Igreja Catedral do Porto, 6 de Abril de 2014 António, bispo do Porto

TE DEUM - 1º aniversário do Pontificado do Papa Francisco

16 de Março de 2014


D. Pio Alves presidirá ao Solene TE DEUM, promovido pelo Cabido Portucalense, pelo primeiro aniversário da solene inauguração do Pontificado do Papa Francisco, no dia 16 de março, às 16 horas, na Igreja Catedral do Porto.



Entrada Solene de D. António na Diocese do Porto

D. António Francisco dos Santos preside à missa de entrada solene na tarde do primeiro domingo de abril, depois de ter tomado posse perante o Colégio de Consultores da Diocese do Porto, no Paço Episcopal, numa cerimónia privada, no sábado anterior, dia 5 de abril.
D. António Francisco dos Santos foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo do Porto no último dia 21 e disse à Agência ECCLESIA que parte para esta missão com o objetivo de estar próximo de toda a população, de uma maneira “simples, próxima e fraterna”.
“Levo a minha entrega, a alegria de anunciar o Evangelho, a certeza da proximidade com todos, a disponibilidade para que todos encontrem em mim um pastor e um irmão”, declarou o prelado.
D. António Francisco dos Santos, de 65 anos, era bispo de Aveiro desde 2006, cargo para o qual foi nomeado por Bento XVI.
“Quero ser porta-voz do amor de Deus, de um Deus que ama cada um em cada situação e em cada circunstância. Vou para agradecer a Deus a Igreja do Porto e para semear esperança”, afirmou.
O prelado foi ordenado bispo em março de 2005, na Sé de Lamego, diocese da qual é natural, depois de João Paulo II o ter nomeado como auxiliar de Braga em dezembro de 2004.
A Diocese do Porto tem mais de 2 milhões de habitantes e uma área de 3010 quilómetros quadrados, a qual engloba 26 concelhos, 17 dos quais pertencem ao Distrito do Porto, oito ao Distrito de Aveiro e um ao Distrito de Braga.
“Não vou só, vou com a bênção de Deus, a proteção de Nossa Senhora e esta imensa certeza de que todos aqueles com quem trabalhamos, construindo Igreja, estarão comigo”, refere o novo bispo, que sucede a D. Manuel Clemente, nomeado patriarca de Lisboa pelo Papa Francisco a 18 de maio de 2013.
Porto, 26 fev 2014 (Ecclesia)

Mensagem à Diocese do Porto

Caros Diocesanos Era tão imprevisível este chamamento que Deus agora me faz que não consegui balbuciar palavra, quando a decisão do Papa Francisco me foi comunicada.
Sei que é ao Santo Padre, como Bispo de Roma e Pastor Universal da Igreja, que compete dar Pastores a todas as Igrejas. Lembrei nesse momento a Palavra de Deus ao Profeta Jeremias: “Irás aonde Eu te enviar” (Jer 1,7).
Apesar desta palavra recorrente ao meu espírito e presente no meu coração, muitas as dúvidas e grande o temor com que me defrontei ao ver as minhas limitações e fragilidades, perante a grandeza da missão.
Interroguei-me dia e noite sobre o que posso eu levar de novo a uma Diocese habitada por tanta gente de bem e de valor e habituada a tão generosos servidores como bispos, presbíteros, diáconos, consagrados e leigos.
À Diocese de Aveiro peço a compreensão para este meu gesto ao serviço da Igreja, que em nada significa, menos respeito ou menor amor. Aveiro sabe como sempre aqui me senti feliz como bispo e como é grande a dor da separação.
Todavia, senti que só conseguiria reencontrar a serenidade de coração e a liberdade de espírito, quando com a ajuda de Deus vencesse todos os receios e temores.
Levo comigo o modo próximo de ser e de viver, a alegria convicta da fé e o desejo fraterno de a todos olhar com os olhos de Deus, para a todos servir como Deus quer e ama.
IN MANUS TUAS é o lema episcopal que escolhi, quando o Papa João Paulo II, me chamou a ser bispo auxiliar de Braga e titular de Meinedo. Renovei este mesmo compromisso diante do Papa Bento XVI quando me enviou para Aveiro. É com igual verdade que agora o afirmo diante do Papa Francisco. Este lema e os sentimentos que ele exprime unem-me a Cristo e à Sua Cruz e colocam-me sob o olhar terno da Mãe de Jesus, Senhora da Assunção, nossa Mãe e Padroeira.
Saúdo, como irmão que sempre serei, o senhor Administrador Apostólico, D. Pio Alves, os senhores Bispos Auxiliares, D. António Taipa e D. João Lavrador, os senhores Bispos Eméritos, os senhores Vigários Gerais, o Cabido da Catedral, os Sacerdotes, Seminários, Diáconos, Consagrados e Leigos.
Desde já afirmo a alegria de servir a grande comunidade humana da Diocese do Porto, com os seus eleitos e representantes autárquicos, as Autoridades Locais, as Universidades e Escolas, Instituições e Associações.
Quero dirigir uma palavra de muito afecto às crianças, aos jovens e às famílias.
Serei irmão e presença junto dos doentes, dos pobres e dos que sofrem e com eles procurarei fazer caminho de bondade e de esperança na busca comum de um mundo melhor.
Quero ser apóstolo das Bem-Aventuranças nestes tempos difíceis que vivemos.
Sei que é grande a missão que agora me é confiada, mas vou com alegria e generosidade ao vosso encontro para amar a Deus e vos servir.
Alegra-me e conforta-me ser irmão convosco, tão belo é o testemunho cristão da Igreja do Porto.
Que Deus me ajude e vos abençoe.
Abençoai-me, também vós, caros diocesanos.
Aveiro, 21 de Fevereiro de 2014
+António Francisco dos Santos, Bispo Eleito do Porto

2014-09-11 | redação

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