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SINTESE DE NOTÍCIAS

PARA ONDE QUEREM CONDUZIR O MUNDO?
ISTO É MUITO MUITO GRAVE.
LAMENTO O SILÊNCIO DA IGREJA E DAS PESSOAS PENSANTES E DE BEM.
Andarão todos distraídos?
Vamos dando a conhecer o que sobre o assunto nos chega à redacção do Jornal da paróquia.

"Unisex: a criação do homem sem identidade"
Ensaio aborda a ideologia de género, suas estratégias e objetivos


Por Anna Fusin
ROMA, 13 de Março de 2014 (Zenit.org)

"Unisex - A criação do homem sem identidade" é o título do ensaio publicado recentemente pela Editora Arianna e escrito por Gianluca Marletta e Enrica Perucchietti. Um título interessante para explicar o que é realmente essa ideologia de gênero que está sendo imposta cada vez mais e esclarecer quais são os seus objetivos e que tipo de mundo ela está preparando para as novas gerações. Conversamos com um dos autores, Gianluca Marletta, professor de literatura, estudante de antropologia e autor de inúmeros ensaios de sucesso.
***
Profº Marletta, estamos rumando para a criação de um novo homem "sem identidade"?
Marletta: "Estamos rumando" talvez não seja a frase mais exata: não estamos rumando, e sim "sendo empurrados"... Não há muito de espontâneo em certos processos culturais. Aqui nós temos simplesmente o envolvimento gigantesco de poderes, autoridades políticas e, especialmente, colossos econômicos que, dia após dia, nos empurram para uma "reformulação" da própria ideia de humanidade. Uma humanidade que eles querem que seja desestruturada e desprovida de toda forma de identidade. O que eles estão tentando criar é uma redefinição de homem, o mais desprovido possível de pontos de referência e de apoio, que são a religião, a família, mais do que a identidade sexual... É por esta razão que é tão forte, em certos círculos, uma ideologia como a de gênero, que propõe a aniquilação da identidade, uma sexualidade fluida, ambígua e polimórfica, a negação do dado objetivo da natureza.
Como é que nasceu a ideologia de gênero e quais são as etapas desse projeto de aniquilar as diferenças?
Marletta: A ideologia de género nasceu nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960 e, pelo menos inicialmente, não era nada mais que a ideologia de referência de alguns grupos de feministas e do nascente movimento homossexual. A ideologia de gênero afirma que não existe uma identidade sexual definida no ser humano, mas que os chamados "gêneros" (masculino, feminino, gay, lésbica, transgênero) são apenas manifestações de uma sexualidade "fluida" e naturalmente "polimorfa" (não é por acaso que John Money, o verdadeiro pai da ideologia de gênero, também era cirurgião especializado em operações de "mudança de sexo", que ele recomendava e fazia inclusive em pacientes menores de idade e até mesmo em crianças). Até a década de 1970, a ideologia ficou restrita a nichos, mas começou a “colonizar” os “andares superiores” da política norte-americana no governo de Bill Clinton. Dali ela entrou na ONU como ideologia de referência das grandes “quermesses” internacionais de saúde reprodutiva (não é coincidência que, naquele período, o termo "sexo" foi expurgado dos documentos oficiais e substituído pelo termo "género").
Estamos assistindo hoje a uma campanha social, antropológica e midiática destinada a reforçar a ideologia de gênero. Quem orquestra tudo isso e com que estratégias?
Marletta: No Ocidente, a mobilização em prol da ideologia de gênero é impressionante hoje em dia: é uma operação de manipulação em massa sem precedentes, realizada com todos os meios disponibilizados pela mídia, pela propaganda e pela política. Os grandes financiadores são, com certeza, a Fundação Rockefeller (que já era a principal financiadora de todas as campanhas pró-aborto nas décadas de 1970 e 1980), os grupos ligados ao magnata George Soros, além de grandes trustes e institutos econômicos do mundo ocidental, entre os quais a Motorola, a Kodak, o Goldman Sachs, o JP Morgan, a Fundação Ford. Em nossa opinião, o objetivo desta mobilização sem precedentes é o projeto de "nova ordem mundial", tão caro aos poderes ocidentais, que, necessariamente, implica uma redução ou dissolução das identidades tradicionais. Destruir as identidades (religiosas, humanas, sociais) para criar um perfeito "melting pot": parece que é este o objetivo de certas elites.
Há relações entre a ideologia de género e a pedofilia?
Marletta: De acordo com John Money e com os ideólogos do gênero, a pedofilia é apenas uma expressão particular de uma sexualidade polimorfa, que deve ser "experimentada em todos os níveis e em todas as idades", e, portanto, deveria ser aceita. Os atuais promotores da ideologia de gênero não dizem isso em público, acho eu, apenas por uma questão de "oportunidade" e porque, do ponto de vista deles, os tempos ainda não estão “maduros”... De resto, na América do Norte, faz anos que uma organização declaradamente pró-pedofilia, a NAMBLA (North America Man&Boy Love Association) desfila nas paradas do orgulho gay. E até hoje, o clube mais importante de "cultura homossexual" de Roma é dedicado a um certo Mario Mieli, que, nos seus livros, defendia a pedofilia a ferro e fogo como "expressão de liberdade".
E qual é o propósito do livro de vocês?
Marletta: Essencialmente, informar as pessoas sobre um tema de grande atualidade e, infelizmente, pouco conhecido. É preciso entender o que é a ideologia de gênero, o que ela procura, quais são os seus objetivos, para entendermos que tipo de mundo estão preparando para nós e para os nossos filhos.
Porque o governo não se afasta da ideologia de género?
Em resposta a uma solicitação de esclarecimentos, o subsecretário da Presidência do
Conselho de Ministros da Itália afirma que a difusão de folhetos pró-ideologia de género nas
escolas faz parte de uma estratégia do governo
Por Redacao

ROMA, 17 de Março de 2014 (Zenit.org) - "As iniciativas da UNAR [nota da redação: entidade ligada ao governo italiano que realiza iniciativas contra a discriminação] não têm nada a ver com a eliminação da discriminação de tipo sexual. A intenção deles é reeducar a Itália para fazê-la aceitar a ideologia de gênero".
Esta afirmação foi feita em 14 de março pelo deputado italiano Gian Luigi Gigli, que, junto com Lorenzo Dellai, Paola Binetti e Mario Sberna, do grupo "Populares pela Itália", e Vanna Iori e Edoardo Patriarca, do Partido Democrático, apresentou um urgente pedido de esclarecimentos à Presidência do Conselho de Ministros da Itália sobre a produção e difusão de folhetos, nas escolas, promovendo a ideologia e os modos de vida de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT).
Na sessão parlamentar de 11 de março, os deputados mencionados perguntaram ao primeiro-ministro italiano se ele "não considera oportuno substituir urgentemente o diretor da UNAR" e "rescindir imediatamente o contrato com o instituto Beck, por usar a sua relação com a administração pública para priorizar as suas finalidades ideológicas".
“É particularmente preocupante que esta linha de ação tenha sido confirmado pela boca do subsecretário da Presidência do Conselho, Sesa Amici, como parte de uma estratégia do próprio governo”, declarou Gigli.
“Ninguém quer discriminar a orientação sexual dos cidadãos”, prosseguiu Gigli, “mas aqui nós temos um ato de discriminação inversa: contra quem pensa que a família só pode ser composta de mãe e pai”.
A interpelação apresentada ao Conselho de Ministros destaca que, em vez de propor a superação das discriminações, os folhetos financiados por verba pública e distribuídos nas escolas pretendem ensinar a todos os alunos, do ensino fundamental ao ensino médio, que "a família pai-mãe-filho é apenas um ‘estereótipo de publicidade’; que os gêneros masculino e feminino são uma abstração; que a leitura de romances em que os protagonistas são heterossexuais é uma violência; que a religiosidade é um valor negativo; chega-se ao ridículo de censurar os contos de fadas por só apresentarem dois sexos em vez de seis gêneros, além de se proporem problemas de matemática baseados em situações protagonizadas por famílias homossexuais".
“Igualmente preocupante”, disse Gigli, “é que o subsecretário Amici tenha adiado a avaliação de medidas contra a UNAR, que, passando por cima dos responsáveis institucionais e políticos, está promovendo nas escolas a ideologia das associações LGBT".
O expoente dos Populares pela Itália concluiu: "Não é possível que, desde o ensino fundamental, seja implementada na escola uma verdadeira lavagem cerebral dos estudantes e dos professores , em contraste com o modelo educativo desejado pelos pais. A responsabilidade pela educação primária pertence também às famílias, inclusive nas escolas públicas. Se esta é a estratégia do governo, então não será possível nenhum apoio para a sua ação no tocante à educação".
ZENIT: Por que querem colocar a ideologia do gênero no PNE?
Paulo Fernando: A ideologia de gênero é fruto do marxismo coletivista que usa a estratégia para subverter o conceito natural de família com um discurso ardil da defesa da igualdade plena e luta contra o preconceito no plano de educação. Ensinar desde a tenra idade que gênero é diferente de sexo, levando-se a crer na tese que tudo é apenas um processo de livre escolha, que as pessoas nascem apenas como "´pessoas" e que depois escolhem ser homem ou mulher.
ZENIT: Quem será influenciado por este plano?
Paulo Fernando: Os estudantes nos próximos dez anos serão obrigados a se deparar com toda ideologia de gênero inclusive no material didático e no currículo escolar e com força de lei nas escolas públicas, privadas inclusive confessionais católicas sem que os pais possam fazer nada contrário a isso.
ZENIT: Quais são os grupos que militam para colocá-lo em vigor?
Paulo Fernando: Os ativistas feministas e os militantes de ONGs a serviço de grandes fundações internacionais que patrocinam uma campanha orquestrada para atacar a civilização cristã e da tradição familiar no Brasil.

Educação ou Ideologias
Dom Augusto fala sobre a ideologia do género na educação

Por Dom Antonio Augusto Dias Duarte

RIO DE JANEIRO, 20 de Março de 2014 (Zenit.org) - Há um dilema que poucas pessoas querem resolver hoje em dia: educar ou ideologizar?
A transmissão de conhecimentos, que realmente conduzem, para dentro e para fora das crianças, dos jovens e dos cidadãos, todas suas potencialidades e talentos, é uma educação válida. Pretende-se mesmo nos planos educacionais do Brasil educar o povo para construir uma nação? Há dúvidas a esse respeito em muitas cabeças lúcidas do país. A transmissão de idéias, de opiniões, de linhas de pensamento, que condicionam e manipulam a razão e os sentimentos humanos é, com certeza, uma ideologização. O país precisa de ideologias manipuladoras e impostas para ser um Brasil destacável no cenário internacional? Com certeza, não!!
Sabe-se que toda ideologia introduzida nos planos de educação para a infância e a juventude tem, sem sombra de dúvida, a pretensão de “conquistar inteligências”, a fim de utilizar as crianças e os jovens para objetivos de determinados grupos, com instruções duvidosas ou, inclusive, com objetivos bem declarados no nosso meio político cultural.
A ideologia do gênero é uma dessas pretensiosas tentativas de “arrebanhar” pessoas no período de formação intelectual e ética, onde são colocados os principais alicerces das verdades e dos valores fundamentais, para que sobre eles se edifiquem as restantes etapas de desenvolvimento humano e social.
A ideologia do gênero possui várias ferramentas para manipular a linguagem e para desinformar as pessoas, tanto as pessoas do corpo docente – professores – como as do corpo discente – alunos –; umas dessas ferramentas, e muito utilizada na cultura atual, é a palavra discriminação.
Basta colocar esse termo num cabeçalho de artigo ou no seu conteúdo, para que cabeças se inclinem e joelhos de dobrem “adorando” os argumentos apresentados em seguida a ele.
A discriminação de pessoas homoafetivas tem seu “altar de adoração”, que é a homofobia; a discriminação de pessoas de etnia afro tem o seu “altar”, que é o racismo; a discriminação da mulher, possui um altar rosado, que é feminismo de terceira geração. Quem não inclinar, reverentemente, a cabeça, e quem não fizer uma genuflexão solene, com os dois joelhos, diante desses altares, é porque não foram “devidamente educados” na vida. Só a “educação ideologizada” permitirá esses gestos de idolatria ao gênero.
No Brasil está sendo votado, numa comissão especial da Câmara dos Deputados em Brasília, o Plano Nacional de Educação (PL 8035/2010), cujo relator, deputado federal do PT do Paraná, repeliu, sem justificativa nenhuma, o texto enviado pelo Senado, em cujas páginas não aparecia a ideologia de gênero.
Esse deputado, certamente laico, mas em exercício do “seu sacerdócio sagrado” e rendendo tributo à “religião” ensinada pelos ideólogos da cultura do gênero, quer impor, na educação da infância e da juventude brasileira, o culto aos deus da “construção culturalmente livre” do sexo das crianças e dos jovens do nosso país.
Essa ideologização da educação acaba oferecendo aos futuros construtores da civilização brasileira e da cultura do povo mais acolhedor do mundo, a oportunidade de “monopolizarem” os três alicerces fundamentais da sociedade: a sexualidade humana, a família e os valores éticos.
Quem pretende monopolizar e manipular esses três fundamentos da nossa Nação? São os controladores da população, são os ativistas dos direitos arbitrários, são os que só falam a língua do “politicamente correto”, são os desconstrutores da linguagem, enfim, são os “novos sacerdotes” do Estado laicista.
A ideologia do gênero é tão perniciosa, que não atrai nem convence as pessoas bem educadas, e por isso mesmo, só pode ser implantada de forma totalitária.
Trata-se, em definitiva, da ditadura do relativismo, tão de moda numa sociedade e numa cultura, que se auto-intitulam democráticas.
Querem impor no Brasil um novo modelo antropológico (?), que seria a origem de uma nova cosmologia e que transformaria totalmente as pautas éticas da sociedade.
Como acontece com todas as ideologias enganosas, a ideologia do gênero não surgiu no horizonte cultural por geração espontânea. Várias correntes de pensamento contribuíram com diversos elementos e entre eles destacam-se a revolução sexual, a filosofia da desconstrução da cultura judaica-cristã, os existencialistas ateus, o feminismo radicalizado e depreciativo e as políticas anti-vida. Por isso mesmo essa ideologia não deveria ter um espaço tão amplo num plano nacional de educação.
A educação não deve – não pode – ser entregue nas mãos desses “pseudo- mestres” de “verdade geradas” na penumbra das idéias e das opiniões tão alheias à dignidade da inteligência e da liberdade humana.
O Papa Francisco tem, exercido com suas atitudes e ensinamentos, no cenário mundial uma missão pedagógica inquestionável e seu estilo otimista, positivo e aberto, tem sido uma exortação para todas as Nações no sentido de que cada povo seja o criador da sua própria cultura e protagonista da sua história única.
Daí que a educação autêntica de um povo reclama uma imparcialidade ideológica. Educação, sim! Ideologias, não! É um sonho, mas um sonho também realizável no nosso país, se as famílias e as religiões presentes no Brasil defenderem seus filhos e crentes.
Dom Antonio Augusto Dias Duarte - Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Continua...


Patriarca de Lisboa enalteceu papel de D. José Policarpo no diálogo entre Igreja e sociedade


D. Manuel Clemente presidiu às exéquias do falecido cardeal.

O patriarca de Lisboa disse hoje na Sé da capital portuguesa que o falecido cardeal D. José Policarpo foi uma “altíssima figura” que marcou a relação entre Igreja Católica e sociedade, nas últimas décadas.
“Não seríamos como somos, um evidente caso de colaboração positiva Igreja-Estado, cada qual no seu campo e em benefício comum da sociedade que integramos, crentes e não-crentes, sem a marca forte da sua magnífica personalidade, do seu certeiro magistério e da grandeza do seu coração”, afirmou D. Manuel Clemente na homilia da Missa exequial, a que presidiu.
O responsável destacou o patriarca emérito como uma “constante referência” de “inteligência, serenidade, prudência ativa”.
Para D. Manuel Clemente, o seu predecessor representou para muitos uma “alta síntese de lucidez e bondade”, a “caraterização maior” do que o cardeal representou na Igreja e na sociedade em Portugal.
D. José Policarpo, patriarca de Lisboa entre 1998 e 2013, faleceu na quarta-feira aos 78 anos, na sequência de problemas cardíacos.
D. Manuel Clemente passou em revista as “décadas de convívio próximo e colaboração pastoral direta e” com o falecido patriarca emérito, na diocese e na Conferência Episcopal Portuguesa.
O atual patriarca de Lisboa recordou o encontro com o então padre Policarpo, na altura professor e vice-reitor do Seminário Liceal de Penafirme (1963-1968)
“Para mim e outros jovens de então cedo representou a imagem de um padre jovem e convincente, como continuou a ser”, e uma “bússola de norte firme”, relatou.
Os dois reencontraram-se no Seminário dos Olivais, onde D. José Policarpo foi reitor de 1970 até junho de 1997.
Segundo D. Manuel Clemente, o falecido cardeal promoveu um “discernimento maior” do que deveriam ser a Igreja e a sociedade, “à luz do Evangelho de sempre em tempos que pediam diferenças”.
“Certamente, não seríamos o que somos sem ele”, asseverou.
O funeral do cardeal contou com a presença de dezenas de padres e da quase totalidade dos bispos portugueses, bem como do núncio (embaixador da Santa Sé) D. Rino Passigato, que leu a mensagem de condolências do Papa.
O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e outros responsáveis políticos e da sociedade civil participam na celebração.
D. Manuel Clemente agradeceu a presença destes representantes, em homenagem a "um homem muito atento" a Portugal.
Cavaco Silva disse aos jornalistas, no final da celebração, que "a nação portuguesa está de luto" pela perda de uma personalidade de "grande inteligência e de grande tolerância".
D. José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, território do Distrito de Leiria e do Patriarcado de Lisboa.
Padre desde 15 de agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 (auxiliar de Lisboa) e criado cardeal por João Paulo II em 2001.
D. José IV, 16.º patriarca de Lisboa, assumiu esta missão a 24 de março de 1998, após a morte de D. António Ribeiro, de quem era coadjutor desde março de 1997, sendo substituído por D. Manuel Clemente em maio de 2013.
O cardeal vai ser sepultado no Panteão dos Patriarcas, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, um monumento nacional que alberga desde 1998 os serviços diocesanos.
Lisboa, 14 mar 2014 (Ecclesia

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A última viagem por Lisboa de D. José Policarpo
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Morreu D. José Policarpo, o Cardeal do diálogo e da esperança

Patriarca emérito tinha 78 anos. Faleceu esta quarta-feira, às 19h50, no Hospital do SAMS, em Lisboa, vítima de um aneurisma na aorta. O funeral realiza-se sexta-feira, às 16 horas na Sé Catedral.
Pensador e académico com vasta obra publicada, D. José Policarpo morreu esta quarta-feira aos 78 anos. Foi Cardeal Patriarca de Lisboa durante 15 anos.
Acreditava que "os homens se podem entender, porque o que têm em comum é prévio ao que os separa", disse numa carta ao filósofo Eduardo Prado Coelho.
"O diálogo intercultural e inter-religioso continua a aparecer-me como a única saída digna do homem", escreveu a Prado Coelho. "A fé cristã, na sua autenticidade profunda, gera uma necessidade de abertura ao outro, pois só conhecendo-o eu o posso amar, e só amando-o eu lhe posso testemunhar a alegria inaudita de ser cristão."
O Patriarca D. Manuel Clemente diz que “mantém-se viva a feliz memória do seu trabalho e do muito que a Igreja de Lisboa e a Igreja em Portugal deve à sua generosidade e à sua lucidez, à sua grande bondade com que exerceu o seu Ministério."
As exéquias serão na próxima sexta-feira pelas 16 horas na Sé de Lisboa, seguindo depois para São Vicente de Fora, o panteão dos Patriarcas.
O sonho de ser o Padre da aldeia
D. José Policarpo cresceu no seio de uma família numerosa, com oito irmãos, e descobriu a vocação no dia em que foi crismado.
“A recordação mais antiga que tenho do desejo de ir para o seminário é o do dia do meu Crisma”, recordava D. José Policarpo numa entrevista concedida ao jornal “Voz da Verdade”, em Outubro de 2011.
Tinha como sonho ser o Padre da aldeia, mas a Igreja chamou-o sempre para outras funções.
Foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa a 26 de Maio de 1978, recebeu a Ordenação Episcopal a 29 de Junho do mesmo ano e, em Março de 1997, tornou-se arcebispo coadjutor do Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, a quem sucedeu como Patriarca a 24 de Março de 1998.
Natural da pequena aldeia do Pego, na freguesia de Alvorninha, concelho das Caldas da Rainha, Policarpo cresceu no seio de “uma família cristã muito piedosa”, como o próprio refere, e acabaria por entrar para o seminário de Santarém.
Passou, depois, pelo seminário de Almada, um tempo que recorda com saudade e boa disposição: “Tive dois cargos no seminário de Almada. Um deles era ser o encarregado da loja onde a rapaziada comprava as coisas. Depois, fui encarregado do laboratório. Tinha a chave e ia para o laboratório sempre que quisesse! Uma vez, ia lá ficando, porque me pus a fazer uma experiência por minha conta e risco e apanhei um choque enorme”.
Formou-se em Filosofia e Teologia, no seminário maior do Cristo-Rei, dos Olivais, e passou por Roma e pela Pontifícia Universidade Gregoriana, antes de regressar a Portugal, para ocupar vários cargos na Universidade Católica, desde docente a director da Faculdade de Teologia e, até, a reitor da Universidade, tendo deixado o cargo em 1996.
"Temos de corrigir a rota"
Enquanto Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo nunca deixou de ter um olhar crítico para com o país e a sociedade que o rodeava.
“Estamos num tempo em que isto já não vai lá com lutas sectoriais e soluções parciais”, afirmou em Dezembro de 2009. “Estamos num tempo em que o grande desafio é de correcção de rota em termos de civilização.”
A preocupação com as famílias e a justiça social também foi sempre uma constante. Na abertura de uma conferência episcopal em Fátima, em 2011, afirmou: “A solidariedade exige a equidade dos sacrifícios que se pedem, dos contributos que se esperam de cada pessoa ou de cada grupo social”.
Os problemas que a própria Igreja atravessou nos últimos anos, como os casos de pedofilia, também não foram indiferentes ao seu discurso e foram abordados com frontalidade.
Durante o seu mandato, a sociedade portuguesa passou por profundas transformações e, por várias ocasiões, Igreja e Patriarca opuseram-se às decisões políticas. São exemplos a liberalização do aborto e aprovação do casamento homossexual.
Momentos polémicos
Foram vários os momentos polémicos de D. José Policarpo. Uma das suas declarações irritou, em particular, a comunidade muçulmana.
“Cautela com os amores. Pensem duas vezes antes de casar com um muçulmano. Pensem muito seriamente. É meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam”, afirmou em Janeiro de 2009, num debate ocorrido na Figueira da Foz.
Em Outubro de 2012, em pleno clima de contestação social no país, criticou os protestos, afirmando que não se resolve nada protestando nas ruas. “Estes problemas foram criados ao longo e muito tempo, por nós e por quem nos governou”, defendeu.
Dois Papas em 15 anos
Enquanto Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo recebeu duas visitas papais. João Paulo II veio a Portugal no ano 2000 e, dez anos depois, foi a vez de Bento XVI.
Enquanto cardeal participou no conclave que elegeu Bento XVI, em 2005, e, em 2013, na eleição do Papa Francisco, que tinha sido feito cardeal por João Paulo II no mesmo consistório que D. José Policarpo (a 21 de Janeiro de 2001).
Durante o seu mandato, Lisboa acolheu também, em 2005, o Congresso Internacional para a Nova Evangelização, que levou milhares de pessoas às ruas da cidade. Uma oportunidade para debater os novos desafios lançados à Igreja, mas também o que é necessário mudar para que se adapte aos tempos actuais.
A vontade de estar perto das pessoas levou o Patriarcado de Lisboa a abrir-se às novas tecnologias e, em 2011, foi lançado um novo portal na Internet.
No mesmo ano, D. José Policarpo assinalou 50 anos de sacerdócio. Uma das várias iniciativas que marcou a data foi a publicação de um livro sobre os seus pensamentos. “Atraídos pelo infinito” conta com textos de D. Manuel Clemente, que agora lhe sucede como Patriarca de Lisboa.
Pedido de resignação
Por essa altura, já o Cardeal Patriarca tinha apresentado a resignação ao Papa, por ter atingido o limite de idade de 75 anos. Fê-lo oficialmente numa carta dirigida a Bento XVI a 17 de Fevereiro, mas Bento XVI pediu-lhe que prolongasse o seu ministério “por mais dois anos”.
D. José Policarpo acabaria assim por ficar até à resignação do próprio Bento XVI – notícia que, confessou na altura aos microfones da Renascença, também o apanhou de surpresa.
Foi já depois da eleição do Papa Francisco que a sua resignação foi aceite, a 18 de Maio de 2013. O Papa nomeou para o cargo de patriarca D. Manuel Clemente, até à data bispo do Porto.
Terminada a missão como Patriarca de Lisboa, fica a memória de um dos vários convites à acção que fez durante o mandato. “Convido-vos a todos, a partir do nosso bairro, a sermos verdadeiramente cidadãos activos deste mundo novo que queremos construir”, afirmou na conferência “Portugal, o país que queremos ser”, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

In Rádio Renascença - 13-03-2014

Faleceu D. José Policarpo, patriarca emérito

Exéquias do cardeal vão decorrer esta sexta-feira, às 16h00, na Sé de Lisboa, sendo depois sepultado no Panteão dos Patriarcas, em São Vicente de Fora.

O cardeal D. José Policarpo, patriarca emérito de Lisboa, faleceu hoje na capital portuguesa, aos 78 anos, vítima de aneurisma na aorta, informou a diocese.
O patriarca emérito "encontrava-se em retiro em Fátima quando por uma indisposição foi levado para o Hospital do SAMS, onde veio a falecer vítima de um aneurisma na aorta", adianta a nota oficial do patriarcado.
As exéquias presididas pelo patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, vão ser celebradas na sexta-feira, às 16 horas na Sé Patriarcal, seguindo depois o corpo para o Panteão dos Patriarcas, em São Vicente de Fora.
O corpo vai chegar na quinta-feira à Sé de Lisboa, pelas 15h00, permanecendo em câmara ardente.
D. José Policarpo tinha apresentado a sua renúncia ao cargo em 2011, por limite de idade, resignação aceite por Bento XVI e confirmada pelo Papa Francisco quando, a 18 de maio de 2013, nomeou como novo patriarca de Lisboa o até então bispo do Porto, D. Manuel Clemente.
O 16.º patriarca de Lisboa assumiu esta missão a 24 de março de 1998, após a morte de D. António Ribeiro, de quem era coadjutor desde março de 1997.
D. José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, território do Distrito de Leiria e do Patriarcado de Lisboa.
Padre desde 15 de agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 (auxiliar de Lisboa), criado cardeal por João Paulo II em 2001 e participou em dois Conclaves: no de abril de 2005 que elegeu Bento XVI, e no de março deste ano, que acabou com a escolha do Papa Francisco.
O patriarca emérito era licenciado em Teologia Dogmática, em 1968, pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, com a tese ‘Teologia das Religiões não cristãs’; posteriormente, defendeu na mesma instituição académica uma tese subordinada ao título "Sinais dos Tempos".
Docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa desde 1970, na categoria de professor auxiliar (1971), de professor extraordinário (1977) e de professor ordinário (1986), D. José Policarpo foi diretor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (1974/1980; 1985/1988), antes de ser nomeado reitor da Universidade Católica Portuguesa para o quadriénio de 1988/1992, por Decreto da Santa Sé, tendo sido reconduzido nessa função por um segundo quadriénio (1992/1996).
Após a sua nomeação como patriarca de Lisboa, assumiu o título de magno chanceler da Universidade Católica.
D. José Policarpo foi eleito presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) em abril de 1999 e reeleito em 2002 para um novo triénio; voltaria a ocupar o cargo após uma terceira eleição, em maio de 2011.
No Vaticano, o patriarca emérito foi membro do Conselho Pontifício da Cultura e desempenhou essas funções na Congregação de Educação Cristã e no Conselho Pontifício para os Leigos.
Enquanto líder da Diocese de Lisboa, D. José Policarpo apostou na nova evangelização, tendo mesmo dinamizado um congresso internacional (ICNE) com várias outras cidades europeias (Viena, Paris, Bruxelas e Budapeste) que passou pela capital portuguesa em 2005, e na implementação das orientações do Concílio Vaticano II.
A preocupação com a “indiferença” da sociedade face a Deus e os apelos ao diálogo perante o atual momento de crise socioeconómica em Portugal marcaram os últimos anos à frente da CEP e do Patriarcado de Lisboa.
Desde 1997, como arcebispo coadjutor e depois como cardeal-patriarca, D. José Policarpo ordenou 92 novos padres para a Igreja, em celebrações de âmbito diocesano.
Lisboa, 12 mar 2014 (Ecclesia)


Um ano para a História

O historiador e professor universitário Paulo Fontes, da Universidade Católica Portuguesa,
afirma que a popularidade do Papa Francisco se inscreve num movimento de grande
visibilidade do papado

Agência ECCLESIA (AE) – Enquanto historiador que balanço faz sobre o primeiro ano de pontificado do Papa Francisco?
Paulo Fonte(PF) – Talvez a primeira coisa a dizer sobre este Papa é que a figura do Papa Francisco se inscreve num movimento de maior duração, de grande visibilidade do papado, pelo menos na segunda metade do século XX. Quando olhamos desde Pio XII com as peregrinações para Roma, com Paulo VI com a ida a alguns lugares simbólicos como seja a Jerusalém, à Assembleia das Nações Unidas nos EUA passando pelas suas visitas a alguns países de diversidade religiosa como a India, etc. Quando olhamos para o Papa peregrino que foi João Paulo II um pouco por todo o mundo e a sua atenção ao diálogo inter-religioso, quando olhamos para algumas reflexões e gestos de Bento XVI, nomeadamente para aquele que ficará como o mais marcante, a sua própria resignação. Olhando para todos estes casos o Papa Francisco inscreve-se dentro deste movimento que concita uma grande atenção por parte de um mundo cada vez mais numa lógica global e numa lógica comunicacional muito forte.
AE – Depois da surpresa com a resignação de Bento XVI havia muita expetativa em saber o que viria a seguir? PF – Francisco correspondeu por um lado a uma expetativa muito grande que havia e que tinha a ver por um lado com algum desencanto e críticas muito acesas que no final do pontificado de Bento XVI se tinham concentrado sobre a maneira não tanto do Papa mas da cúria romana, e por via dele do lugar do papado, na forma como foram geridos alguns dossiers. Nomeadamente nas questões de escândalos ligados a casos de pedofilia, sobretudo nos EUA e na Irlanda e depois a gestão do Instituto das Obras Religiosas, tudo isso gerava críticas muito fortes o que submeteu o papado de Bento XVI a um desgaste na sua fase final muito grande por isso havia uma expetativa relativamente ao modo em saber como quem lhe ia suceder ia reagir a isso e que perspetivas ia trazer.
AE – Francisco disse no momento da sua eleição que vinha ‘do fim do mundo’. Até que ponto a sua origem e a sua vivência latina marcam o seu pontificado? PF – O Papa Francisco é marcado desde logo pela sua origem, vem de uma zona, de um continente de grande tradição e presença dos cristãos, e uso aqui expressamente a palavra cristãos porque existe naquela zona uma cristandade muito atravessada pelo confronto e pela diversidade entre setores católicos, evangélicos e protestantes tradicionais. A América, onde fica a Argentina, é um continente em grande ebulição e emergência com questões novas, a posicionar-se de novo no mundo global”.
Por outro lado Francisco é marcado pela sua postura pessoal e creio que é isso que tem concitado uma grande atenção e diria até adesão por parte de muitos setores não só católicos mas da opinião pública em geral”.
AE – Como se explica essa atenção generalizada?
PF – Explica-se pelo seu posicionamento do ponto de vista comunicacional e do entendimento que ele faz do lugar do papado, ele coloca-se como um testemunho de um crente, de alguém que nos gestos que têm, naquilo que diz, se envolve, parte de si e da sua experiência numa linguagem de grande proximidade.
E isso transmite a muitas das pessoas um sentimento de autenticidade na sua comunicação e de facilidade de empatia num grande sentido de humanidade. Por outro lado eu diria que Francisco através do seu discurso, no seu apelo ao serviço da missão da Igreja acabou por recentrar o papel do papado seja do ponto de vista da Igreja como do ponto de vista da sociedade, do mundo global. As suas atitudes mostram que o papado está ao serviço da Igreja no serviço e na terminologia teológica e pastoral católica do anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo, ou seja na perspetiva de servir esse movimento de evangelização com alegria e com esperança como ele diz. E, portanto, trazendo logo aí um olhar mais fresco e atento às periferias por um lado e por outro aos dinamismos de humanização que atravessam a própria humanidade.
AE – Que análise faz à primeira exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A Alegria do Evangelho) deste Papa?
PF – É curioso que Francisco vá buscar referências de vários pontos da tradição da Igreja, citando não apenas por exemplo São Tomás de Aquino mas citando também a exortação apostólica ‘Evangelii nuntiandi’ de Paulo VI, que se centra muito no tema da evangelização.
Também muito interessante é ver a ideia que ele tem sobre qual deve ser o papel da Igreja diante dum mundo cada vez mais global. E aí a reflexão do Papa sobre a economia global, o sistema financeiro internacional e a sua desregulação são alvo de palavras muito fortes e contundentes expressas por ele na exortação apostólica ‘A Alegria do Evangelho’.
E isso criou grandes expetativas na maneira como as Igrejas depois à escala local vão ser capazes de corresponder a esta expetativa de renovação em cada lugar, em cada diocese, em cada continente.
AE – Este primeiro ano de pontificado fica também marcado pela convocação do Sínodo dos Bispos para abordar o tema da família?
PF – A convocação do Sínodo dos Bispos sobre o tema da família é outro dos pontos importantes neste ano de pontificado porque veio ao encontro também de expetativas porque se essas questões relativas ao entendimento plural e contraditório entre a doutrina e as vivências, entre a proposta cristã e muitas das vivências sociais, culturais em geral não existisse não teria havido o movimento de resposta que houve nesta preparação do próximo Sínodos dos Bispos.
AE – Um ano depois e analisando os pontos principais do pontificado de Francisco até agora, que se pode esperar do futuro?
PF – Resta saber, e penso que essa é uma questão é muito cedo ainda para avaliar, como é que o todo da Igreja, desde cada cristão, cada comunidade à escala local até às dioceses, aos vários episcopados locais e aos vários organismos da Igreja no seu todo, inclusive a Cúria Romana que o Papa Francisco pretende reformular e já iniciou passos nesse sentido, como é que vão corresponder a este desejo de renovação, como é que isso se vai traduzir na tal necessidade de conversão pastoral da Igreja e por outro lado de expressão numa lógica de empenhamento e presença cívica dos cristãos enquanto crentes na sociedade retomando para hoje uma Teologia chamaríamos de política, de valorização desse empenho dos cristãos na cidade para anunciar com alegria e com esperança a palavra de Jesus Cristo.
Agência ECCLESIA (AE)


Padroeiro dos Acólitos

A 1 de Maio de 2009, na Peregrinação Nacional de Acólitos, foi solenemente proclamado como Patrono dos Acólitos Portugueses o Beato Francisco Marto.
Francisco Marto, que teria hoje 100 anos de vida, morreu cedo, o encontro definitivo com Deus que adorava deu-se nos seus primeiros 10 anos de vida. Contudo a sua breve vida foi e continua a ser um grande testemunho de fidelidade e de maturidade cristã. Sendo criança mostra-nos, na primeira pessoa, as palavras de Jesus: "é dos que são como crianças, o Reino dos Céus". Francisco era uma criança e gostava das coisas de criança. Mas a sua fé era adulta por isso procurava a' oração e a contemplação como ocasiões fundamentais para alimentar a fé. Francisco era um contemplativo e tinha na Eucaristia o centro da sua contemplação. Podemos mesmo dizer que Francisco Marto, com os seus verdes anos de vida, (OíÚ11 grande místico da Igreja. Um acólito deve olhar para o Beato Francisco como um verdadeiro exemplo de vivência cristã e de exercício do seu ministério do altar. Não tendo sido acálito, e/e é na verdade um grande estímulo para quem exerce este' ministério. Que os acólito mais novos olhem par o Beato Francisco Marto: criança como -eles, e como ele sigam com grande devoção e maturidade a fé na simplicidade uma criança. Que os acólito jovens 'se voltem para Cristo, que o Beato Francisco Marto contemplava, e com a sua juventude saibam crescer na fé e no serviço no mesmo Cristo. Que os acólitos adultos sigam o exemplo do Beato Francisço Marto, que na sua fé adulta indicava um verdadeiro sentido de conversão, e como.ele sejam adultos na fé, mas com a simplicidade de uma criança.
Que Beato Francisco Marto acompanhe e anteceda junto de Deus todos os acólitos portugueses. Sejam verdadeiros servidores de Cristo presente no Altar e O contemplem e I adorem como fonte e força para a, Vida
Noticia enviada por:(P. Luís Proença Leal)


Francisco: O Papa que “quer mudar o mundo” através da proximidade:

Vaticanistas portugueses analisaram o primeiro ano de pontificado do Papa

O jornalista vaticanista da Agência Ecclesia, Octávio Carmo considera que o Papa Francisco mostrou neste primeiro ano enquanto Papa que “quer mudar o mundo” e recuperar "o seu papel regenerador da humanidade". “O Papa mostrou neste primeiro ano que quer mudar o mundo, quer partir do local para o global, quer recuperar o seu papel regenerador da humanidade”, algo que mostrou por exemplo na escolha das locais que visitou onde “cada destino foi escolhido a dedo para mostrar problemas de imigração, problemas económicos e cada gesto que fez nesses momentos foram para mostrar e incitar a algo”, declarou Octávio Carmo. A também vaticanista Aura Miguel disse por sua vez, durante a conferência ‘Francisco: Um Papa do fim do Mundo’, promovida pela Agência Ecclesia, Rádio Renascença e Universidade Católica Portuguesa (UCP) para assinalar o primeiro aniversário do pontificado, que “o Papa tem um estilo muito peculiar, é espontâneo, muito terra-a-terra, não tem papas na língua, vê-se que tem muita experiência e dá conselhos muito uteis e usa metáforas como Jesus para explicar algumas coisas”. Octávio Carmo contou que muitas vezes, enquanto jornalista, tem de fazer um esforço para “travar a febre mediática à volta de pequenos momentos mediáticos para não perder a mensagem que o Papa quer transmitir”. “O estado de graça do Papa Francisco tem representado para algumas pessoas um estado de choque porque para alguns católicos o papa não se comporta assim e para outras pessoas que nunca vão gostar de nenhum papa o entusiasmo à volta dele é incómodo”, disse. O jornalista acredita que o Papa “é completamente genuíno no que faz e diz e que quer marcar o seu pontificado pela mudança” contrariando o que alguns dizem que é apenas “discurso mas que nada vai mudar”. Para o chefe da redação da Agência Ecclesia a figura de Francisco “responde a uma necessidade de ter uma referência ética mesmo para quem não procura por ela, o Papa é incontornável e quer incomodar”, sendo que este último ano veio impor uma “simplificação do Papado” algo que “é importante numa liderança espiritual”. “Francisco dá a todos uma lição mediática porque mostra uma coerência naquilo que é, faz e diz e essa é a maior lição do Papa”, concluiu Octávio Carmo. Já Aura Miguel, jornalista vaticanista da Rádio Renascença, enfatizou o facto de Francisco “estar a arrumar a casa, nas áreas económicas e administrativas” algo que mostra que “ele é alguém que sabe o que quer mas isso não chega para o tornar próximo no dia-a-dia.” Para a jornalista da Rádio Renascença a onda de entusiasmo à volta de Francisco vê-se por exemplo “todas as quartas-feiras quando milhares e milhares de pessoas se juntam para assistir às suas audiências”. A vaticanista portuguesa recorda as viagens de avião, em que participou, de e para o Rio de Janeiro aquando das Jornadas Mundiais da Juventude em Julho de 2013 quando “Francisco se disponibilizou para responder a todas as questões e mostrou vontade em falar com todos os 74 vaticanistas presentes no avião”. Aura Miguel lembra que Francisco é o Papa “popular que prefere que gritem o nome de Jesus do que o dele próprio, alguém que não pode guardar para si a alegria do encontro pessoal que faz, experimenta e alguém que vive a ternura, a misericórdia e contagia todos à sua volta com a sua ternura. Ele propõe uma Igreja que receba, que abrace e ele é apenas o prolongamento desse abraço afetuoso de uma Igreja que é mãe”. “Mesmo às vezes sem falar deixa rasto e é um sinal de esperança para todos que desejam a felicidade, torna-se o grande semeador deste desejo”, concluiu Aura Miguel. O programa da iniciativa incluiu ainda análises ao pontificado pela voz de Adriano Moreira e por uma mesa redonda onde intervieram Alfredo Bruto da Costa, Manuel Fúria e Margarida Neto. Lisboa, 11 mar 2014 (Ecclesia)


Francisco/1.º aniversário:

Renovação da Igreja e «periferias» da humanidade nas prioridades do Papa

Milhões de pessoas passaram pelo Vaticano em ano com quatro viagens, uma encíclica e uma exortação apostólica
O Papa vai completar esta quinta-feira um ano de pontificado, marcado pelas intervenções em favor da renovação da Igreja Católica e pela preocupação com as situações de pobreza e violência no mundo.
Francisco tem apelado a uma Igreja “em saída” e atenta às “periferias”, centrando o seu discurso, teologicamente, na “misericórdia” de Deus. “A Igreja deve ser o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida boa do Evangelho”, escreveu no seu ‘programa’ de pontificado, a exortação apostólica ‘A Alegria do Evangelho’, na qual rejeita o que denomina de “economia da exclusão”, que “mata”, ao mesmo tempo que pede soluções para as “causas estruturais da pobreza” e todos os tráficos e novas formas de escravatura.
A mesma abordagem têm merecido os temas ligados à defesa da vida e do matrimónio, reafirmando a doutrina da Igreja Católica ao mesmo tempo que se pede atenção a cada particular.
Francisco, primeiro pontífice a escolher este nome, decidiu manter residência na Casa de Santa Marta, dentro do Vaticano, onde celebra diariamente uma Missa matinal cujas homilias têm deixado uma marca pessoal na reflexão sobre a Igreja; desloca-se em carros utilitários e apresenta-se como um “homem normal”, rejeitando “interpretações ideológicas” da sua figura.
Francisco encontrou-se por várias vezes com Bento XVI, seu predecessor, valorizando a figura do Papa emérito, ao qual reconheceu um papel fundamental da redação da encíclica ‘Luz da Fé’, a única publicada durante o pontificado, esperando-se que o próximo documento do género (os mais importantes assinados por um pontífice) seja dedicado ao tema específico da pobreza.
Ao longo do último ano, o Papa concedeu entrevistas à Globo, às revistas dos Jesuítas e aos jornais italianos ‘La Stampa’ e ‘Corriere della Sera’, além de ter conversado durante mais de uma hora com jornalistas na viagem de regresso do Brasil.
O país lusófono foi o único destino internacional de viagens (22-29 de julho de 2013), com passagens pelo Rio de Janeiro, onde chegou a ficar preso no trânsito, para a Jornada Mundial da Juventude, e pelo Santuário de Aparecida.
O Papa, de 77 anos, fez ainda três viagens na Itália, com destinos simbólicos: em Lampedusa (8 de julho de 2013) lembrou a “globalização da indiferença”; na Sardenha (22 de setembro de 2013) encontrou-se com desempregados e trabalhadores afetados pela crise económica; em Assis (4 de outubro de 2013) evocou São Francisco, que o inspirou na escolha do nome e na intenção de uma “Igreja pobre para os pobres”.
O Papa argentino tem mais de 12 milhões de seguidores na sua conta da rede social ‘Twitter’ e foi eleito personalidade do ano 2013 pela revista Time, entre outras distinções.
Milhões de pessoas passaram pela Praça de São Pedro, para as audiências semanais e os encontros dominicais do ângelus, para além de iniciativas como o encontro com noivos, no último dia de São Valentim, a jornada de oração pela Síria (7 de setembro de 2013) ou as várias iniciativas ligadas ao Ano da Fé, que se concluiu em novembro do último ano.
Nestas intervenções, Francisco tem apelado à paz nas várias regiões do mundo afetadas por conflitos e manifestado solidariedade às vítimas de tragédias naturais.
Cidade do Vaticano, 11 mar 2014 (Ecclesia)


2014-03-11 | Redação

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